O líder de produto da Adobe diz que a IA não matará o design gráfico, mesmo com a preocupação dos funcionários

Scott Belsky, diretor de produtos da Adobe, disse ontem ao VentureBeat no X, anteriormente conhecido como Twitter, que embora algumas indústrias “talvez não precisem existir na era da IA”, os designers gráficos continuarão a florescer. Seus comentários vêm após um relatório do BusinessInsider ontem de que, dentro da Adobe, alguns funcionários estão preocupados com o fato de que as ferramentas Firefly AI da Adobe e o Photoshop Generative Fill acabarão com os empregos de designer gráfico e prejudicarão o modelo de negócios da empresa.

Belsky escreveu pela primeira vez que, na era da IA, “a maior inovação em um espaço é muitas vezes eliminar totalmente a necessidade do espaço”.

Quando questionado se estava se referindo à Adobe, Belsky respondeu com um exemplo: “[T] a tradução de cópias é uma indústria que talvez não precise existir na era da IA”. Então, quando questionado se isso se aplicava ao design gráfico tradicional, ele disse que não.

"Não; A IA aumentará a área de superfície que os criativos podem considerar e explorar antes de encontrar soluções ainda melhores para buscar e iterar. [Vemos isso nas primeiras pesquisas sobre como os profissionais criativos aproveitam essas novas ferramentas: eles criarão mais e melhores conteúdos... mais rápido. [Não] menos”, escreveu ele.

O artigo do Business Insider destacou uma reunião interna da equipe em junho, onde um funcionário perguntou se a IA generativa estava colocando a Adobe “em perigo de canibalizar” seus negócios voltados para empresas. E o artigo apontou que, em uma teleconferência de resultados da Adobe em junho, o analista da Jefferies, Brent Thill, disse que a “pergunta número um” que ele recebe dos investidores é se a IA reduzirá os “lugares disponíveis” da Adobe.

A Adobe vende suas assinaturas de nuvem com base no número de estações, ou licenças, para acesso ao produto. Se as ferramentas de IA tornarem o design mais rápido e fácil, os designers poderão ser despedidos e a procura pelas licenças poderá diminuir.

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Mas quando questionado pela VentureBeat se existe o risco de as organizações comprarem menos software de design gráfico ou menos licenças como resultado de ferramentas de IA, Belsky respondeu que “quando qualquer empresa ambiciosa ou orientada para o crescimento pode obter mais 'engenhosidade por pessoa', ela quer mais pessoas (para que possam fazer mais produtos, criar mais conteúdo, alcançar mais). é um desejo humano padrão. os engenheiros tornaram-se mais produtivos anualmente durante décadas, mas a demanda cresce.”

As discussões sobre o impacto da IA da Adobe vêm após a cobertura do VentureBeat no mês passado sobre o fato de que um grupo vocal de colaboradores do Adobe Stock, que inclui 300 milhões de imagens, ilustrações e outros conteúdos que treinaram os modelos generativos de IA do Firefly, dizem que a Adobe usou suas imagens de estoque para IA sem notificação ou consentimento expresso.

Embora este seja certamente um problema para outras ferramentas geradoras de texto para imagem, como DALL·E 2, Stable Diffusion e Midjourney (que foram treinadas em fragmentos de imagens postadas na web pública, incluindo imagens protegidas por direitos autorais), eles dizem que é particularmente preocupante para uma empresa como a Adobe, que está profundamente ligada à economia criativa há décadas.

Agora, os criadores do Adobe Stock dizem que a popularidade do Firefly está tornando muito menos provável que os usuários comprem imagens de banco de imagens. Além disso, uma inundação de imagens de geração de IA no Adobe Stock está canibalizando a plataforma, dizem os criadores.

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